quarta-feira, 29 de junho de 2011

Xuxa e os duendes..... REGO, Tereza.... Essa aula produtiva. Como analisar Filmes com a Rego.

Este texto foi discutido em sala de aula com muita freqüência, sobre a polêmica do filme da Xuxa. Apesar da discussão em sala, não poderia deixar de fazer uma breve síntese do texto, que chamou atenção de todos.
Síntese:
Rego, Tereza (2004) em seu texto “Algumas reflexões sobre a qualidade da produção cultural que é oferecida às crianças”, relata na primeira parte sobre o filme da Xuxa e os duendes e argumenta como esse filme pode agradar tanta platéia e incomodar tanto os críticos.
Ela assistiu o filme, e percebe quanta coisa tem de errado do inicio até o fim como a fala do Gugu Liberato “ agora tudo gira em torno da proteção da natureza”, parece um laguinho e uns passarinhos e já é ecológico, sem falar que não sabemos que temos que cuidar do meio ambiente. Outra coisa importante como aparece tantos atores/cantores porque além do publico pequeno tem que conquista o publico grande pelo simples fato, a criança tem que esta acompanhada de um adulto.
Rego diz que no filme aparece “cenas que você não viu”, é os créditos do final do filme, que é mostrado a Xuxa tirando a peruca, os óculos e maquiagem e cenas erradas. O problema disso é que aparece vários propaganda como marca da tinta do cabelo da Xuxa, a filha dela que nem aparece no filme acaba sendo mostrada empurrada na balança. “O filme é uma fonte de licenciamento de produtos, que impulsiona, portanto, uma complexa operação de marketing, ávida por vender uma série de outros artigos e bugigangas de toda ordem: bonecos, games, quadrinhos, revista, roupas e sapatos (p.159, 2004).
Como esse filme pode ser agradar as pessoas, é porque está relacionada à forca televisiva da protagonista, ou seja, o filme fez sucesso por causa da imagem de uma apresentadora poderosa. Seu poder de penetração nos lares brasileiros de várias regiões e extratos sociais parecem ter a competência de não somente atrair um grande público ao cinema, e sim silenciar aqueles pelas críticas do filme entre outros.
Rego considera “as crianças vítimas desprotegidas das forças televisivas ou cinematográfica das falsas loiras. Obviamente não se trata disso. Acha apenas que é fundamental que analisemos o tipo e a qualidade de produção cultural que é oferecida a criança em nossa sociedade” (p.159, 2004).
Em seu texto, fará algumas considerações relação do espectador com a TV e a educação. Apesar da diferencia de veículos, com linguagem e lógica próprias, será possível constatar que o trabalho ativo do sujeito receptor é o mesmo, seja na TV o cinema.
A televisão exerce um enorme poder sobre os indivíduos que assistem que acaba sendo responsáveis índices de violência presentes na sociedade atual.
“A televisão é também bastante criticada, particularmente nos meios intelectuais, pelo seu caráter pouco educativo. Já não se fala mais que a TV como o futebol e o samba é ópio do povo ou fator de alienação das massas. Essas palavras de ordem foram substituídas, mas ainda podemos perceber, mesmo que de maneira sublimar, uma espécie de incômodo pelo fato de a TV não pretender desenvolver um papel educativo junto ao seu público” (p.162, 2004). Isto é, a função da televisão não é educar com os programas entre outros, que passa diariamente e serve para divertir, distrair entre outras. Apesar a TV passa documentários educativos mais são bem poucos e quando é apenas poucas pessoas tem acesso a este. Não cabe a ela ser didática, nem tampouco transmitir de modo sistemático e intencional, como a escola, o patrimônio de conhecimentos acumulados pela humanidade. E quando ocorre a didática tem o risco de ser chata, pelo simples fato o trabalha fora do que é especifico e pertinente.
Rego diz que não tem como trata TV de maneira do modo genérico, porque apresenta diversos gêneros e que determina modo de interação com quem assiste, já que é diferente de outros meios e linguagem como o cinema, e penetra no mundo privado e possibilita a convivência com tarefas cotidianas, como afazeres domésticos. A partir daí que as características tão particulares da TV, precisa ser averiguada e compreendida por ela ser plural e multifacetada. Para isso é preciso colocar critérios próprios a TV, capazes de dar conta de sua especificidade com linguagem, estilo e estruturação das imagens, e das intrincadas relações que ela coloca com telespectador.
Enfim sabemos que hoje temos condições de afirmar que as questões que envolvem os meios de comunicação não podem ser discutidas separadamente da sociedade e do sujeito, produtor de complexas significações.
Depois da síntese apresentada, queria agradecer pelas aulas de Mídia, Infância e Educação, pois deixou bem claro o que devemos trabalhar com as crianças e que atividades podemos dar a elas sobre as mídias. Com isso e de extrema importância essas aulas tão dinâmicas e apresentadas com vídeos e debates para analisar as mídias em nosso dia-a-dia.

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