Através da leitura do texto: ”O que é infantil nos programas infantis?” (2006), de Rita Marisa Ribes Pereira e com as discussões em sala, pude perceber as mudanças e os olhares que a mídia televisiva lança sobre o ser criança.
Com o início dos anos 80, surge um novo conceito de programa infantil. E, partindo deste conceito, surge também uma mudança que rompe a concepção pautada anterior à década de 80, em histórias da literatura ou em apresentações artísticas e voltando-se à animação e às gincanas, retratando a criança como um mero “pano de fundo”. A criança passa a ser cenário dos programas infantis e o apelo de consumismo por parte dos adultos em relação às mesmas torna-se algo prioritário.
Sendo assim, o papel da criança é exposto muitas vezes pela mídia televisiva como meio de exploração, ou seja, a criança tem sua imagem explorada nos programas de televisão infantil e até mesmo no não infantil e no “forte” apelo por consumo. E, isso passa a ser exposto com tanta “agressividade” que a criança compreende que estar na moda ou ser famoso é algo importantíssimo. Segundo a Associação Dietética Norte Americana Borzekowisk Robison bastam apenas 30 segundos para uma marca influenciar uma criança.
As propagandas de produtos infantis inseridas nos programas televisivos infantis prometem de certo modo mais do que a alegria de posse, prometem a alegria da inscrição na sociedade. Transmitem uma mensagem alienadora, ou seja, se você não usa o que está na moda, você está por fora da sociedade: ”Você é um ‘Zé’ ninguém”.
Penso que a intervenção e mediação dos pais é algo de suma importância, pois através da mesma os pais poderão ter um diálogo aberto com seus filhos sobre pontos negativos e positivos que estão presentes na mídia televisiva.
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