terça-feira, 26 de abril de 2011

Alfabetização, mídia e infância



No decorrer desta disciplina surgiu a oportunidade de se repensar muitos conceitos anteriormente descritos e embasados no senso comum. Neste momento, a releitura dos fundamentos teóricos e a associação destes, aos estudos existente no meio acadêmico científico, permitiram o levantamento de uma problemática sobre as articulações que podem e porque não dizer, deve estar sendo feitas para a contínua contribuição para um modelo de alfabetização que toda sociedade anseia, e, incluindo-se obviamente neste sentido a preocupação em utilizar todos os recursos existentes e disponíveis para abranger estes os possíveis “ganhos” às crianças de qualquer classe social. Beatriz de Paula Souza (2007, p. 144) nos descreve como o uso de laptops infantis está em retrocesso com a compreensão que precisamos ter dessa fase escolar de alfabetização que se encontram milhares de crianças em todo nosso país. Muitos pais os compram sem ter essa noção. Mas o fazem sem intenção de querer prejudicar seu próprio filho. Apenas não tem a concepção do que ou como poderiam ajudar. No entanto, cabe a nós educadoras, saber que a criança precisa do contato direto com atos e materiais que envolvam a linguagem escrita e falada. Como a autora nos diz: “[...] é a exposição do aprendiz ao universo da escrita e leitura que mais favorecem esta aprendizagem.“ Certamente que estes recursos poderiam estar sendo fabricados com mais funções além das psiconeurológicas (como lateralidade, coordenação motora fina, coordenação viso-motora, discriminações auditiva e visual, etc), pois para “alfabetizar é preciso entender o que a língua escrita representa e como funciona sua representação”. Mesmo que não se tenha estas habilidades citadas. Nós professoras, precisamos propagar a ideia de que laptops podem ser usados como um recurso ou uma estratégia em vários momentos de nossas aulas, se assim for oportuno. Mas, também podemos estar conscientizando e replanejando junto à empresa que fabrica este material para ser vendido em grande escala com novas convergências ligadas a alfabetização.

Referência
SOUZA, Beatriz de Paula. Orientação a queixa escolar. São Paulo: Casa do psicólogo, 2007.

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