quinta-feira, 17 de março de 2011

Mídia e Infância: oferta, usos e significados

A pesquisa proposta na disciplina pretende seguir este caminho: conhecer as ofertas de mídias para as crianças brasileiras, assim como os usos e significados que delas fazem algumas crianças da região da Grande Florianópolis.

Ontem foi o segundo encontro do grupo, quando definimos as equipes e as áreas a serem pesquisadas por cada uma, as quais foram:

- 10 entrevistas com crianças de 2 a 10 anos (1 para cada aluna)
- 10 observações de crianças de 2 a 10 anos em seu cotidiano (1 para cada aluna)
- Caracterização da grade programação infantil da TV aberta – RECORD (Roberta e Rafaela)
- Caracterização da grade programação infantil da TV aberta - SBT (Cristiany, Barbara e Simone)
- Caracterização da grade programa infantil da TV aberta - BAND (Elisa e Elaine)
- Caracterização da grade programação infantil da TV aberta - GLOBO (Rose e Priscila)
- Caracterização dos filmes infantis lançados de 2009 até hoje (Jamile, Janaina, Thaiane)
- Caracterização das revistas infantis publicadas no Brasil (Mayara, Vanessa e Marissol)
- Caracterização dos jornais impressos infantis publicados no Brasil (Gabriela e Julia)
- Caracterização dos sites brasileiros voltados para crianças (Camile, Sibele e Vanderleia)

Além disso, discutimos em sala as abordagens apontadas pelo texto "O cotidiano, as crianças, suas infâncias e a mídia: imagens concatenadas", de Lisandra Ogg Gomes (2008).

Por meio do estudo deste texto reforçamos a ideia de que a infância é dinâmica e que as crianças, à sua maneira, atribuem sentidos às coisas e às palavras por meio de suas ações e percepções sobre o mundo. Destacamos que a criança, assim como os adultos, a partir do que coloca a autora Agnes Heller (citada por GOMES, 2008), é "ser genérico" e "ser particular", ao mesmo tempo, e que ambas as instâncias que nos constituem configuram a vida cotidiana. É no cotidiano, nas ações do dia a dia que construímos dialeticamente nosso ser genérico e particular. É no cotidiano, ainda, que se dão as relações entre as gerações. É por isso que o conhecimento acerca do que acontece no cotidiano das crianças torna-se relevante para aprofundarmos nossas ideias sobre como elas vivem, produzem, reproduzem, elaboram e transformam suas rotinas. E a mídia está muito presente nestas rotinas.

Para Gomes (2008), ver televisão, escutar música ou assistir a um filme são práticas do cotidiano infantil que ocorrem juntamente com outras práticas – como brincar, ir à creche, à pré-escola, freqüentar a igreja e participar de festas. Por este motivo, destaca-se a necessidade de caracterizar as condições reais de vida das crianças e os modos como vivem suas infâncias, ou seja, o que fazem com aquilo que vêem na mídia. Como interpretam e usam os discursos, as práticas e as expressões que são transmitidas pela televisão, pelo rádio, pela internet ou pelo cinema nos seus grupos de pares, nas brincadeiras e no coletivo social. O que se deseja compreender é como as crianças mesclam os tecidos híbridos e mutáveis das culturas nas quais participam.

É esta a compreensão que será buscada nos estudos que vamos realizar nesta disciplina.

Vamos em frente!

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